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TOXICODEPENDÊNCIAS - Está tudo bem!?...


Após conferência de imprensa realizada pela JSD Terceira, relacionada com a Toxicodependência, muitas opiniões têm surgido publicamente. Muito se tem dito, e ainda bem, pois todos temos o direito de ter a nossa própria opinião, não vivêssemos nós numa democracia.

Observando todos os acontecimentos, li na passada semana um artigo que ia mais além de uma simples opinião. Foram apontados argumentos que não correspondem à verdade, bem como proferidas falsas acusações à estrutura da JSD Terceira.

Mais surpreendido fiquei quando tomei conhecimento que o Grupo Parlamentar do PS apresentou e fez aprovar na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores um Voto de Protesto contra a posição tomada pela JSD Terceira.

Fiquei, de facto, esclarecido sobre as motivações dos Deputados do PS. Pelos vistos, estão mais preocupados em apresentar Votos de Protesto contra uma estrutura partidária de juventude do que em apresentar Propostas e Soluções para os problemas que preocupam os açorianos e, em especial, para um drama com a dimensão da Toxicodependência nas nossas ilhas.

Não querendo, de forma alguma, entrar em qualquer tipo de histórias e novelas, sinto-me na obrigação de esclarecer diversas questões, para que não subsistam quaisquer dúvidas, acerca dos objectivos da JOTA Terceirense, bem como da sua forma de actuar e de estar.

A JSD é uma juventude partidária onde a Democracia e o Pluralismo existem, são e serão sempre bem vindos. Em todos os temas por nós abordados, o debate gerado por opiniões distintas, faz-nos crescer e ter uma visão mais abrangente sobre as temáticas discutidas.

Sendo assim, não temos qualquer tipo de problema em assumir duas situações de uma forma muito clara. A primeira tem a ver com a nossa proposta relacionada com a designada “Lei da Droga”. Esta é a nossa posição…esta é a posição da JSD Terceira. A segunda, dada a complexidade do tema, assenta na circunstância normal de que nem todos têm a mesma opinião, mas isso, na JSD como em qualquer outra estrutura partidária existente. O que, porventura, poderá não ser normal para muitos, é a forma como estas situações são aceites na JOTA…mas essa é a nossa forma de estar, não fossemos nós a Juventude Social Democrata.

Acusaram-nos de querer criar uma confusão propositada em relação a diversos temas relacionados com a Toxicodependência. Devo dizer que uma afirmação dessas só pode ser proferida por alguém que realmente não tem andado por cá. Tal situação não me espanta, pelo facto de só há cerca de duas semanas atrás saber da existência de outra juventude partidária, na Terceira, para além da JSD.

Para os ausentes, fica então uma pequena elucidação acerca de como o nosso trabalho tem sido desenvolvido: planeado, objectivo e, fundamentalmente, sério. Não temos procurado o protagonismo, não temos procurado aparecer só por aparecer, nem tão pouco, baseamos os nossos dias de aparição, apenas com criticas ao trabalho dos outros. Optámos por um caminho que vai ao encontro das necessidades dos jovens, um caminho que vai ao encontro do presente, sempre com uma perspectiva de futuro, dando sempre a noção do meio em que todos nós nos encontramos inseridos, e da riqueza do mesmo.

A nossa proposta não apareceu subitamente. A toxicodependência tem vindo a ser um tema muito trabalhado pela JSD Terceirense, dada a triste realidade existente na nossa ilha em particular e nos Açores em geral. Reuniões e debates, sempre com profissionais e jovens que diariamente lidam com este flagelo, e diversas visitas a estabelecimentos, entre os quais, a PSP e o centro de Adictologia, fizeram-nos tomar esta posição. Tudo foi detalhadamente analisado pelo que, com o conjugar das opiniões dos profissionais ligados a este sector, nas diversas áreas de intervenção, uma proposta que vise uma alteração legislativa é imperativa.

Nunca dissemos que quem consumisse uma droga leve, acabaria por consumir uma droga pesada. Não foi afirmação nossa… mas já agora… podemos adiantar que segundo especialistas na área, a probabilidade de isso acontecer é bem maior.

Pois é verdade, realmente procuramos informar-nos, não em qualquer “site” da Internet, mas junto de Enfermeiros, Psicólogos, Psiquiatras, Policias, e Toxicodependentes, sempre com a intervenção e opinião de diversos jovens.

Continuo, então, a informar os “recém-chegados” a esta maravilhosa ilha, que não é possível acusar a JSD Terceira, de um trabalho leviano, irreflectido e ignorante! Temos pena…mas não estamos aqui a brincar aos políticos.

Peço desculpa por me alongar, mas realmente não posso deixar de comentar outras duas afirmações. A primeira diz de uma forma muita clara que a lei existente (Lei nº30/2000, 29 Novembro), foi um passo em frente ao combate à Toxicodependência. A segunda que afirmava que, no caso da proposta da JSD Terceira ser aceite, as forças policiais perderiam muito tempo distinguindo consumidores de traficantes.

Tentei ler e rever essas afirmações, porventura, não estivesse eu a ler mal…mas não! Desta forma, só as posso considerar completamente deslocadas da realidade existente na nossa Ilha. Foi-nos dito pelas próprias forças policiais exactamente o contrário. Actualmente a Lei nº30/2000, de 29 de Novembro dificulta o combate ao tráfico, pois, com a mesma em vigor, são necessários até talvez o triplo dos meios, para que seja possível distinguir os consumidores dos traficantes, pois todos eles, transportam apenas as tais doses permitidas por lei.

Não colocamos de forma alguma de parte, a importância da educação em todo este processo. A intervenção através de uma prevenção primária, adequada a cada faixa etária desde a escola primária; a criação de dinâmicas de grupo, onde através de uma forma atractiva se transmitam informações cruciais às nossas crianças; todas estas são questões importantíssimas em todo este processo, e que aliás, já foram diversas vezes referidas por nós publicamente ao longo do ultimo ano.

Para terminar, devo apenas dizer que os argumentos ou são válidos, ou não o são… argumentos iluminados não existem!!! Já vimos…

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