Foram divulgados a semana passada, os rankings escolares relativos aos exames nacionais do ano transacto.
Noventa e quatro por cento das escolas públicas e privadas portuguesas, tiveram média positiva na primeira fase do exame nacional de Matemática B do 12º ano, o que representa um aumento de positivas, de quase 30% em relação aos resultados do ano passado.
Boas notícias pensaríamos todos nós. Contudo, infelizmente chegámos ao ponto em que até as boas noticias nos devem causar tristeza.
Ao longo do último verão, professores de diversas áreas, e não só de Matemática que apenas serviu como exemplo, afirmaram que os exames tinham níveis de dificuldade baixíssimos, adivinhando desta forma o excelente desempenho dos alunos. Ou seja, cada vez mais o grau de exigência diminui, ficando desta forma embelezados os números de combate ao insucesso escolar.
È uma forma legitima de fazer politica, aliás, tão legitima como qualquer outra. Contudo, cabe a todos nós decidir efectivamente se é este, ou não, o caminho que queremos seguir. A educação que hoje é prestada aos nossos jovens, terá como reflexo o seu desempenho e sucesso profissional.
Será o facilitismo o melhor caminho? Na minha modesta opinião, digo claramente que não. Princípios como o rigor e a exigência, devem constituir a base do nosso sistema educativo. Um País que pretenda evoluir no sentido de se tornar competitivo, e estar à altura dos melhores, nunca deve descer a fasquia do seu nível educativo de forma a que fique acessível a todos, deve sim elevá-la, dotando o ensino dos mecanismos necessários para auxiliar aqueles que têm mais dificuldades, acompanhando-os para que consigam atingir níveis superiores.
Para melhorar toda esta situação, o Conselho Nacional de Educação fez uma proposta que está a ser analisada pelo nosso Governo. Sendo assim a proposta diz mais ou menos o seguinte: Estudando ou Não, Aplicando-se ou Não, ninguém chumba até ao 9º ano!!!
Mas será isto normal? Acabar com o chumbo através de um decreto?
Fico sem palavras para expressar a minha indignação perante todos estes acontecimentos…
Comentários
"... próximo mistério é este: como conseguirão o governo e o ministério convencer a comunidade internacional (já que, pelos vistos, a nacional não lhes interessa) da justeza e da bondade destes resultados?"
Pois,e tudo o resto são...cantigas!
Com todas as exigencias e rigores, a escola do antigamente, nunca produziu grande coisa.
É vermos o país que nos legaram.
O sucesso ou insucesso passa por multiplos factores.
E não precisamos de inventar muito nem espremer os miolos para perceber que o caminho que procuramos trilhar, outros já o fizeram.
É estudar e ver como conseguiram.
Nos Açores, pela primeira vez em muitos anos, há um caminho traçado na educação.
Bom ou mau, há.
Concorde-se ou discorde-se.
Os nossos alunos, bons e maus, são iguais aos dos outros países.
Os nossos professores, bons e maus, também não diferem.
Uma educação de qualidade passa por bons profissionais. Para que isso aconteça, não bastam palavras.
Não há outro caminho senão avaliar. E avaliar é exigir.
Exigir professores empenhados
Exigir professores competentes
Exigir professores adaptados aos novos paradigmas sociais.
Meus amigos. Não basta apenas contestar.
Este é o caminho que os outros trilharam.
Conhecem outro?
* Exigir tbm aos pais que olhem pelas suas crianças! Que "eles" tbm saibam ser exigentes em casa, não descurando o apoio devido. Isto sim, tbm é muto importante...senão o mais importante. Mas aqui, tbm outros valores se levantam e, não são fáceis de resolver...
Mas, continuo consigo, "anónimo nº 2": nós não somos diferentes nem piores que os de outros países!
* Assinado:
Anónimo nº 1
Infelizmente foi bater no céguinho.