
O Verão apesar de ainda agora ter começado, caminha a cada dia que passa para o seu final. Época alta estamos nós habituados a dizer!
Uma época, em que muitos tentam organizar um programa diferente, para que nos seus dias de férias possam desfrutar ainda mais de um merecido descanso.
Uma época, em que se podia e devia, e muito, incentivar o turismo inter-ilhas. A criação do hábito em nós Açorianos de visitarmos as nossas próprias ilhas, é sem dúvida essencial para o desenvolvimento dos Açores como um verdadeiro arquipélago, beneficiando especialmente as ilhas mais pequenas.
Atenção, que quando utilizo a palavra “pequenas”, faço-o caracterizando apenas a Ilha em relação ao seu tamanho, pois temos a sorte de viver num arquipélago constituído por nove Ilhas recheadas de particularidades tão especiais, que acabam todas por ser enormes no seu potencial.
Sendo tudo tão maravilhoso o que poderá estar a faltar? Temos tudo podem alguns afirmar… Temos aviões que vendem passagens com descontos para residentes… Temos barcos que vendem bilhetes aos Jovens por 1 euro...
Procurando elaborar uma pequena análise, consideremos o exemplo de uma viagem desde a Ilha Terceira até São Jorge pela altura da Semana Cultural das Velas, fazendo referência aos meios de transporte existentes.
Começando pelos aviões, cada passageiro terá de desembolsar cerca de 110€ para uma passagem de ida e volta. O preço não é novidade para ninguém, uma vez que já todos têm conhecimento dos elevados valores praticados pela “nossa” companhia aérea, desmotivando até os mais motivados, a visitarem outras realidades Açorianas.
Em relação às ligações marítimas, a verdade é que por mais um ano… durante mais um Verão… continuam numa total desorganização! Para além de todas as “novelas” em torno dos tão apregoados novos barcos, temos o incumprimento do prazo de inicio de funcionamento do Viking, bem como, uma total falta de organização e planeamento em relação às viagens a efectuar.
Tive oportunidade de presenciar o total desrespeito demonstrado pela Transmaçor em relação aos passageiros que pretendiam visitar a nossa vizinha ilha de São Jorge. Em primeiro lugar, baralharam tudo e todos dizendo em determinadas alturas que haveria barco Expresso para fazer a ligação, enquanto noutras já não haveria qualquer ligação.
Em segundo lugar, estipularam que os jovens só poderiam adquirir o bilhete com o cartão Inter-Jovem duas horas antes do embarque! Ainda comentei com o funcionário da Transmaçor, que desta forma dava a sensação que os jovens ficariam apenas com os restos! Tal não foi o meu espanto, quando a resposta que obtive foi… “pois claro”!
Em terceiro e último lugar, é necessário fazer uma especial referência aos preços. Os bilhetes para um adulto só de ida andavam a rondar os 47€, levando-nos à brilhante conclusão que para um adulto ir e voltar de barco a São Jorge, sai quase tão dispendioso como ir de avião.
Assim é possível promover o turismo inter-ilhas?
É importante proporcionar condições aos jovens para que desde cedo se habituem a visitar o nosso arquipélago, mas temos de ter consciência que a nível económico, é de extrema importância para todos, oferecer boas condições para que um adulto se desloque a outra Ilha com a sua família.
É um pensamento estratégico muito simples, baseado no facto da necessidade que as nossas ilhas têm no desenvolvimento do seu comércio local. Uma família que se desloque a uma determinada ilha para além da sua alimentação, terá a estadia, os passeios, as habituais compras de recordações, ou seja, temos um conjunto de situações, que agregadas impulsionam sem dúvida o desenvolvimentos das localidades visitadas.
Parece que paramos de ter necessidade de estudar, planear e delinear linhas de conduta, que a médio prazo contribuam para o nosso efectivo desenvolvimento sustentável. Tudo é feito a contar exclusivamente com os dinheiros que entram na nossa região!
Os avultados subsídios que recebemos não durarão para sempre, pensemos por isso a longo prazo desde já, porque depois… já era!
Comentários
Alguém já pensou no tremendo esforço que isto representa para o erário público a para os bolsos de quem paga impostos?
E, pasme-se, ainda não está bem. Ainda se critica. Como se a cavalo dado se olhasse dente.
De facto há quem nunca esteja satisfeito com nada.
E uma enxada e batatas para tirar, que é o que me tocava nas férias, não calha?
Ao mesmo tempo refiro a importancia do turismo juvenil, o que logicamente, leva a induzir a importancia do cartao Inter Jovem... basta pensar um pouco!!!
Quem viaja nesses barcos sabe que esta é a verdade.
Acha o blogger isto certo?
Todos pagam as viagens a 1 € a esta canalha com os seus impostos. Os que usam os barcos e os que não usam.
Acha o blogger isto certo?
E pagarem os bilhetes?
E arranjar-se forma dos barcos não darem prejuízo?
Todos nós já sabemos que sustentabilidade económica é coisa que nunca preocupou os governos do PPD/PSD. Ou porque não querem ou porque não sabem.
É por isso que Berta Cabral, depois de ser secretária da economia do ultimo governo social democrata na região, deixou o célebre calote de 150 milhões de contos de dividas.
Já fui várias vezes nessas viagens de barco, nunca forniquei em público, nunca dormi pelo chão nem tão pouco causei distúrbios no barco, tanto eu como todo o meu grupo de amigos. Talvez porque num barco em que a lotação é de X metem 10 vezes mais do que é supost, é verdade que paguei 1€ pela viagem, mas também é verdade que todos nós viajamos em condições mais que precárias e desumanas.
Se as festas existem é mais que óbvio que é destinado aos jovens (como já disseram, basta pensar um pouco), com uma melhor organização nas festas, a todos os níveis, metade dos problemas desapareceriam. E também se as festas ainda existem, é porque tem lucro, sim, essa "canalha" ainda gasta uma boa quantidade de dinheiro nessas festas, mas pedir para pensar nisso tudo junto, já seria pedir demais.
Se esta canalha está como está, é graças à geração anterior, que nos deu a educação que se vê...
Vejo que fala com muita azia, passe pela sua Farmácia e compre um pacote de "Rennie" que isso passa.
Eish... Santa ignorância...
Demasiado bom para ser vandalizado.
Ia meio lotado.
E se há dinheiro para gastar nas festas e tomar bebedeiras nos barcos, também há para pagar as passagens.
Não se compreende que o erário publico seja sobrecarregado, para se dar passagens gratuitas aos meninos a pretexto de se fomentar o turismo juvenil.
As cenas que presenciei nas viajens que fiz, foram da exclusiva responsabilidade dos meninos e meninas que por lá andavam, e, se calhar, dos pais que não os educaram.
É fácil remeter tudo para cima do governo. A má criação. A irresponsabilidade. O vandalismo.
Cada um é que tem de assumir as suas responsabilidades.